Aprovado uso de PET reciclado para embalar alimentos.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou resolução que autoriza as empresas a utilizarem PET reciclado para embalar alimentos.

A resolução ressalva, porém, que para o uso do PET reciclado será exigido o registro do produto na Anvisa.

Além disso, segundo nota divulgada pela Agência, o rótulo da embalagem deverá conter o nome do produtor, o número de lote e a expressão PET-PCR (pós-consumo reciclado).

A nota esclarece que a norma da Anvisa fundamenta-se em novas tecnologias capazes de limpar e descontaminar esse tipo de material, independentemente do sistema de coleta.

São as chamadas tecnologias Super Clean e Bottle to Bottle. A nota acrescenta que até o momento, apenas quatro empresas apresentaram pedidos à Anvisa para utilizar esse tipo de tecnologia:

duas no Rio, uma em São Paulo e uma na Bahia.

(Estadão Online)

Fonte : AB - Pesquisa : FPN-SP-Brasil http://flaviopinhonogueira.wordpress.com/

Governo estuda viabilidade financeira da reciclagem de fraldas

Com excepção dos distritos de Lisboa e Porto, onde as incineradoras da Valorsul e Lipor queimam o lixo doméstico, e de pequenos sistemas de tratamento do lixo como o do concelho de Oeiras, no resto do país o destino das fraldas são os aterros, onde podem demorar 500 anos a deteriorar-se.

Dados da Valorsul, a que a agência Lusa teve acesso, indicam que os têxteis sanitários (fraldas, pensos higiénicos) representam cerca de cinco por cento da totalidade dos resíduos sólidos urbanos recebidos pelos carros de lixo de recolha indiferenciada.

"Dentro desses cinco por cento, podemos afirmar que a maior parte são fraldas", afirmou fonte da Valorsul, que trata o lixo dos concelhos da Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira.

Os últimos estudos internacionais sobre as fraldas, consideradas um dos piores resíduos domésticos, indicam que cada bebé usa cerca de cinco mil fraldas nos primeiros dois ou três anos, o que corresponde a cerca de uma tonelada de resíduos.

A sua colocação em aterro é um problema ambiental que vários países têm evitado, recorrendo à instalação de centros de reciclagem que, á semelhança da Sociedade Ponto Verde que recolhe as embalagens, recolhe as fraldas e recicla o plástico e pasta de papel que as compõem.

"A possibilidade de instalar unidades de reciclagem de fraldas está a ser alvo de um estudo de viabilidade económica e financeira que deverá estar concluída no final deste semestre", afirmou à Lusa fonte do Ministério do Ambiente.

Há já uma empresa interessada no negócio, que desde há dois anos aguarda regulamentação e autorização parta instalar três unidades de reciclagem, um negócio que promoveu recentemente em Espanha.

Por definir está a forma como poderão ser recolhidas as fraldas, se colocando ecopontos em locais específicos (como creches ou maternidades) ou fazendo a recolha porta-a-porta.

Aura Carvalho, da Tecnoexpor, empresa que está a tentar trazer a tecnologia para Portugal, explica que as fraldas descartáveis têm um baixo valor calórico para incineração e que a sua tecnologia pode retirar por completo as fraldas descartáveis dos aterros.

A tecnologia, desenvolvida pela empresa Knowaste, mas divulgada pela Tecnoexpor, desinfecta e separa todos os componentes das fraldas - a pasta de papel, o plástico - e transforma-os em produtos reciclados, como telhas, solas de sapatos ou papel de parede.


Fonte: Agência LUSA - Portugal

Pesquisa: FPN-SP-Brasil

Reciclando

Alumínio está no limite do que é possível reciclar

As latas de alumínio possuem a mais alta taxa de reciclabilidade entre todas as embalagens produzidas no Brasil.
Em 2006, cerca de 94,4% do total produzido - 12,2 bilhões de latas - foi reciclado.
No ano passado, o número se manteve e deve continuar nesse patamar pelos próximos anos.

"Estamos no limite do que é tecnicamente possível", explicou Renault de Freitas Castro, diretor executivo da Associação Brasileira de Fabricantes de Latas de Alta reciclabilidade (Abralatas).
Segundo o executivo, os 5% restantes da produção são utilizados por artistas para fazer artesanato ou são desviados acidentalmente.
A reciclagem de latas de alumínio começou com a utilização da matéria-prima pelas indústrias de bebidas, no final da década de 1980. Em 1998, o percentual de reciclagem em relação à produção estava em 80%.

"Faz seis anos que o Brasil é o País que mais recicla latas de alumínio no mundo", explicou.
De acordo com o executivo, o que mais impulsionou a reciclagem de latas de alumínio nos últimos anos foi a estruturação dos catadores em cooperativas e associações e o aumento da coleta seletiva em condomínios, antes muito individualizada.
"Houve uma reestruturação dos catadores. Eles se organizaram e reduziram o ciclo, vendendo direto para a indústria e aumentando a rentabilidade do negócio", observou.
Segundo ele, recolher latas deixou de ser uma atividade vinculada a pobreza e passou a ser uma alternativa ao desemprego e para aumentar a renda.
As latas de alumínio têm ganhado espaço no mercado brasileiro de bebidas. Segundo Castro, em 2006, a participação das latas de alumínio nas indústrias de bebidas era de 28% e fechou o último bimestre, de dezembro do ano passado a janeiro deste ano, com uma fatia de 32%.

"A nossa produção cresceu 25%, em média, nos últimos dois anos. O preço da lata varia de acordo com as regiões do Brasil, mas o quilo é vendido por aproximadamente R$ 3,20, em média."


Fonte: Gazeta Mercantil

CONCIENTIZAÇÃO É O MAIOR DESAFIO DA COLETA



Existe um consenso entre todos os envolvidos no processo de reciclagem de embalagens:
o consumidor tem grande responsabilidade nos índices.
Apesar da coleta também depender de iniciativa da indústria, sem a colaboração dos consumidores fica difícil atingir as metas.

E o maior problema está no grau de instrução desses consumidores, que muitas vezes não sabem do seu papel nessa cadeia. "O consumidor é o dono da embalagem", afirmou Hermes Contesini, responsável pela área de relações com o mercado da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet). Cerca de 51% da produção de PET no Brasil é reciclada, o que representa 194 mil toneladas por ano.

Stefan David, consultor de reciclagem da Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro, concorda com Contesini e afirmou que como o Brasil ainda não possui uma legislação ambiental que obrigue a coleta seletiva - como alguns países europeus - o papel dos consumidores é ainda maior. "Ao contrário do Brasil, existe nesses países uma pressão social muito forte para que se resolva as questões ambientais", explicou.No Brasil, 45% do que é produzido de embalagens de vidro é reciclado - cerca de 400 mil toneladas por ano. Há dez anos, esse índice era de 36%, mas está estável há três anos.

A Tetra Pak, maior fabricante de embalagens do tipo longa vida do Brasil, começou seu projeto de reciclagem no País em 1997, com 500 toneladas, e dedica parte de seu investimento no setor a projetos de educação ambiental de alunos de escolas públicas.

Segundo Fernando Von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak, o programa está em 40 mil escolas públicas. Além dos alunos, a empresa também treina os professores.No ano passado, a companhia reciclou 49 mil toneladas. De acordo com Von Zuben, em onze anos, o número de recicladores alcançou 27. Em 2007, cerca de 25,5% da produção de embalagens de papel-cartão foi reciclada. "Queremos chegar a 40% em 2010 e fechar este ano com 27%", explicou.

Fonte: W. G. F. (Gazeta Mercantil)

HP CRIA PROCESSO DE RECICLAGEM INOVADOR

A HP anuncia uma novidade na indústria: a companhia criou um modo inovador de usar plásticos reciclados a partir de itens como garrafas de água e cartuchos da tinta para incorporar esses materiais em novos cartuchos originais da HP para impressão a jato de tinta.

Depois de testar esse programa, a HP usou mais de 2,2 mil toneladas de plástico reciclado em cartuchos de tinta HP no ano passado e se compromete a usar duas vezes mais em 2008. Ao usar material reciclado, a HP economiza energia, fecha o ciclo de desenvolvimento e mantém o plástico longe dos aterros sanitários.

A empresa desenvolveu uma solução original que permitiu à companhia incorporar plásticos como os de garrafas de água e dos cartuchos da tinta (retornados à HP por meio do programa de reciclagem HP Planet Partners) no projeto e na manufatura de mais de 200 milhões de cartuchos originais para impressão a jato de tinta.

"Ao desenvolver uma tecnologia para usar plástico reciclado nos cartuchos originais da HP para impressão a jato de tinta, temos a oportunidade de reduzir o impacto ambiental que os produtos HP têm sobre o planeta", afirma Michael Hoffmann, vice-presidente sênior da área de suprimentos do Grupo de Imagem e Impressa da HP. "A HP fez investimentos significativos para construir uma infra-estrutura de reciclagem capaz de tornar esse feito possível. Isso é apenas o começo do que ainda esperamos realizar".

Inovação sem comprometer o desempenho

Engenheiros, químicos e parceiros estratégicos da HP se dedicaram ao desenvolvimento de um processo que fornecesse benefícios ambientais ao usar materiais reciclados, mas sem comprometer a qualidade e a confiabilidade que os clientes esperam da HP. Após anos de dedicação, a HP alcançou sua meta; a equipe aperfeiçoou o processo de produzir cartuchos de tinta usando plásticos reciclados. Esses cartuchos que retornam à HP por meio do programa HP Planet Partners são submetidos às várias fases de um processo de reciclagem que os reduzem a materiais brutos, como plásticos e metais.

Plásticos de cartuchos de tinta e recipientes de bebidas reciclados são combinados com um pacote extra de compostos e reformulados em novas formas, com a garantia de que o material reciclado respeite os altos padrões de desempenho da HP.

Ao contrário de companhias que simplesmente remanufaturam cartuchos, a HP encontrou um modo de moldar esses componentes plásticos reciclados em cartuchos novos e originais da HP.

A quantidade de material reciclado nesses cartuchos pode variar entre 70% a 100% do plástico total usado e os resultados de confiabilidade para cada produto são rigidamente testados para manter a consistência por toda a linha de produtos.

O reconhecimento da indústria

A Society of Plastics Engineers, uma organização de profissionais que trabalham com plásticos, vai homenagear a inovação da HP, oferecendo à companhia o prêmio "Daniel Eberhardt Environmental Stewardship" durante a Global Plastics Environmental Conference em março.



Fonte: Jornal Campos do Jordão & Cia